Uma doença causada por um vírus, altamente contagiosa e severa aos cães. A transmissão se dá através de todas as secreções e excreções corpóreas de um animal contaminado, sendo transmitida diretamente de animal para animal, ou através de locais ou objetos contaminados anteriormente por um animal doente (rodas de carro, contato do animal com o portão e a rua, solas de sapato, visitas a pet shop, etc.) Os animais mais suscetíveis são cães filhotes e idosos, ausentes ou com atrasos da vacina, mas pode ocorrer em qualquer idade. As fases da doença são basicamente três: Digestiva, respiratória e neurológica.
Sintomas: Podem ser variados, principalmente causados pela infecção secundária por bactérias. Os principais são: apatia, diminuição da alimentação, secreção nasal e/ou ocular purulenta, pneumonia, febre, perda de peso, conjuntivite, diarreia, salivação intensa, incoordenação motora, convulsões, paralisia dos membros posteriores, tremores involuntários de membros e/ou cabeça “tick”. O animal pode morrer apresentando todas ou apenas uma fase da doença.
Diagnóstico: O diagnóstico clínico se dá basicamente através dos sintomas neurológicos, já que outras doenças apresentam os sinais digestivos e respiratórios parecidos. Exames específicos (sorologia) poderão ser necessários para o diagnóstico conclusivo. Exames como o hemograma, podem ajudar, mas não provam e nem descartam a infecção.
Tratamento: É basicamente voltado para os sintomas, infecção secundária por bactérias, inflamação, etc. Não havendo tratamento específico para o vírus os resultados nem sempre são satisfatórios. A boa resposta ao tratamento depende da fase da doença, local onde o vírus foi instalado e a resistência do animal. A evolução da doença é imprevisível, não dá para saber se o animal vai ou não sobreviver. Em muitos casos, devido ao tratamento, há uma falsa melhora, seguida de uma recidiva.
Desinfecção: O melhor desinfetante para combater os vírus do ambiente é o cloro ou água sanitária. Em locais com grama ou terra deve ser utilizado cal e todos os objetos utilizados pelo animal devem ser lavados e colocados ao sol.
Prevenção: A vacinação dos filhotes, com cronograma recomendado pelo médico veterinário, com início entre 30 e 45 dias de vida e reforços a cada 21 dias até a décima quarta semana de vida (totalizando 3 ou 4 doses de vacina) é a melhor forma de prevenir a doença, já que os vírus estão distribuídos por toda parte. No entanto, os animais que não foram vacinados quando filhotes devem mesmo assim ser vacinados o quanto antes (2 doses, com intervalo de 21 dias), desde que não apresentem sintomas. Os animais saudáveis que tiveram contato com algum animal doente em até 48 horas devem ser vacinados. Se o tempo for superior a este período, deverão ser observados por alguns dias e em seguida deverão receber uma vacina de reforço.
Atenção! Somente as vacinas aplicadas pelo Médico Veterinário podem garantir a proteção dos animais.
*a proteção depende de diversos fatores, principalmente do histórico de contato com o vírus antes de vacinar, fato que na ausência de sintomas, nem o M.Veterinário e nem os exames poderão identificar.
Eutanásia: É o sacrifício do animal com o objetivo de aliviar o sofrimento, principalmente quando a doença é incurável, as chances de sobreviver são zero ou a qualidade de vida é ruim, por exemplo: doenças infecto-contagiosas em estado avançado, como é o caso da cinomose. O procedimento somente poderá ser adotado pelo médico veterinário, que utiliza o método indolor, com anestesias e produtos apropriados. Lembre-se, é difícil para o profissional ter que fazer esse procedimento, já que o principal objetivo é salvar vidas, no entanto, se for sugerido a eutanásia, é porque realmente é necessário.